Faz tempo que andava a amadurecer a ideia sugerida pelo Bruno de procurar uma companhia para o Matias. Já tinha falado com a Cristiana que me disse que tinha lá a Chica, muito jovem ainda e que talvez fosse uma boa companhia para o Matias. Por precaução, e antes de avançar para uma adopção marcou-se uma data (22 Set) em que ela viria a uma clinica aqui perto com a Chica para fazer a esterelização. Seria uma maneira de testar o grau de receptividade do Matias a ter uma companhia felina a partilhar o mesmo espaço. Se resultasse a Chica teria um lar garantido.
Quis o “acaso” que na véspera desse dia (21Set) quando me preparava para ir tomar um café, ouvi dos lados da rua, um miar aflito de gato ainda muito jovem. Desci à rua e procurei donde viria aquele miado tão alfito, depois de mais alguns miados interrompidos por alguns silêncios de medo, lá consegui detectar donde vinha esse pedido de auxilio. Dentro duma carinha de caixa aberta estacionada à frente dum prédio em construção aqui na rua. Depois de muuito custo lá se consegui decobrir em que parte do carro estaria o bichano. Em cima do motor. Depois de algumas peripécias lá se desobriu maneira de a resgatar.
Eu procurava uma gatinha para fazer companhia ao Matias mas naquele momento já nem pensei em mais nada. Não importava que fosse macho ou fêmea. Aquela miniatura que conseguiu chamar a minha atenção com aquele miar fino e estridente de aflição seria a companhia do Matias. Estava decidido, corri para casa com aquela miniatura nas mãos para pedir aconselhamento à Cristiana sobre os cuidados imediatos que deveria tomar, pois devia estar cheia de fome e desidratada. Segundo o dono da carrinha o gato terá aproveitado uma paragem que ele tinha feito naquela manhã no percurso de Santo Tirso-Trofa para trepar para dentro da carrinha.
Chegado à Clinica da Dra Flávia, logo se deu tratamento para a libertar da carrada de pulgas, e foi feito um primeiro exame de diagnóstico, estava tudo bem, era uma gatinha com perto de 1 mês. Depois de comer uma farta refeição de recovery, lá vieram os seus ronrons sem fim como que a agradecer os afagos e conforto recebidos.
No primeiro contacto com o Matias deu-se inicio aos habituais rituais de identificação na linguagem felina de cheiros, toque e expressões faciais e corporais. Depois disso, um soprar que eu entendi como recusa na aceitação. Temos problema pensei eu. Depois de me aconselhar de novo com a Cristiana fiquei mais tranquilo. É normal não haver aceitação imediata, é preciso paciência e seguir determinadas regras. Manter a gatinha num sitio seguro, isolado, para o Matias perceber que há mais alguém em casa, familiarizar-se com os cheiros, e depois com o tempo a aceitação seria de forma gradual.
Hoje passados 10 dias, o Matias não se cansa dos abraços e amassos. Ela bem tenta libertar-se quando os abraços são mais sufocantes, mas eu nem interfiro, pois quando ela consegue escapar para debaixo de algum móvel onde o Matias já não cabe, logo retorna para ser abraçada de novo pelo Matias.. O jogo do foge, esconde e volta deve ser algum código que eu não descodifico ainda. Eles lá se vão entendendo bem.
Tudo acontece na hora certa.
Tudo acontece, exactamente como deve acontecer.
Albert Einstein
A.Amorim
a febre que está a contagiar o mundo!
Há 7 anos
3 comentários:
Olá sr.Amorim. Que bom que o Matias tem uma companhia. Espero que esteja tudo bem consigo. Escrevo-lhe para para lhe dizer que a Mimi já partiu. andou muito doente durante seis meses. Um dia tivemos de dicidir... e acabar com o sofrimento... foi melhor assim! Também tenho muitas saudades dela, assim como os meus pais.
A vida é assim... tudo tem um fim.
Um beijinho grande para si e para os seus novos companheiros que são lindooos!
xana
Obrigado Xana. na Obra do Criador tudo é perfeito, só que ele esqueceu-se de nos deixar a chave para nos desligar-mos do nosso passado. Resta-nos continuar a viver com a saudade. Os dois manos estão agora juntos.
bjs.
aamorim
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