sábado, 20 de dezembro de 2008

Se souberem ser dignos de um gato, ele tornar-se-á vosso amigo, mas nunca vosso escravo.

(Théophile Gautier)

sábado, 27 de setembro de 2008




O Meu Companheiro morreu.
Gastou as sete vidas em sete horas. Em cada uma delas ele resistiu em agonia até que, esgotada a sétima hora ele morreu. Eram 19 horas quando a sua vontade de resistir sucumbiu à agonia . Partiu para o Reino de Bastet às 19horas quando o seu coração silenciou. O meu companheiro era o Tobias. Lindo. Meigo Inteligente. Curioso. Misterioso. Elegante. Idependente. Amigo atento e Brincalhão. Exigente nos mimos e na pescadinha matinal. Súbtil e telepático, retribuia com afectos roronantes. Astuto e ágil caçador quando alguma presa mais distraída lhe estava ao alcance. Dorminhoco, sem sintomas de insónias, entregava-se com frequência nos braços de Morfeu onde certamente sonharia com fantásticas caçadas de borboletas. Afectuoso, quando à noite ia dar uma cochilada nalgum colo a jeito, antes de ir adormecer na sua cadeira preferida. Este leal companheiro repousa agora no Panteão Real do Reino da Deusa Bastet. Lá poderá certamente participar de Caçadas Reais e espreguiçar-se nas areias mornas e douradas deliciando-se com o calor do Sol e as brisas dos bosques. Se as suas caçadas o premiarem com uma oitava vida, tenho a certeza que ele virá procurar-me para a pescadinha da manhã.

Adeus Tobias