Os dias ainda vão longos nesta altura do ano mas mal o sol se põe logo o Matias corre para a ponta da varanda fazer serenatas para a gataria do lado. Não sei que baladas ele canta mas do outro lado sempre há resposta. Também não sei que poemas eles cantam uns aos outros mas longos, sei que são.
Dizem-me que uma companheira para o Matias seria uma boa solução para ele ter com quem brincar e não se sentir só quando me ausento. Não sei se ele gostará de partilhar o espaço e os afectos com uma companheira. Ele foi castrado mas ao que parece mantem os seus instintos de macho. Esta coisa de os humanos castrarem os seus animais de estimação é susceptível de discussão. Dizem que castrando-os estamos a protegê-los bloqueando os seus instintos de acasalamento impedindo-os de se reproduzirem pois a sua população já é demasiado elevada. Castrados ou esterelizados ficam mais calmos e os machos deixam de ter necessidade de fazer a sua demarcação territorial. Mas ao fazê-lo, estamos tambem a privá-los de serem completamente livres. Eu já pensei muito nisso e o que eu gostaria mesmo era que os gatos pudessem ser impedidos de fecundar, sem ter que os sujeitar à anulação dos seus instintos de acasalamento. Mas não é possível. Dizem os veterinários entendidos que a castração ou a esterelização são a melhor opção.
Vou miar com o Matias e tentar perceber a opinião dele.
Um miau para o Tobias.
A.Amorim
"Um cão, eu sempre disse, é prosa;
Um gato é um poema.
Jean Burden
a febre que está a contagiar o mundo!
Há 7 anos
1 comentário:
lindo isso...
Enviar um comentário